31 de outubro de 2010

Dicas de Português (27)

Olá, escrevi sobre a diferença de alguns pronomes oblíquos da terceira pessoa e publiquei no blogue da minha empresa. Se quiserem conferir, é só clicar aqui.

26 de outubro de 2010

Dicas de Português (26)


Olá para todos, estou a todo vapor! Peguei uma das postagens sobre a crase e voltei a dar continuidade no assunto no blogue da minha empresa. Cliquem aqui para conferir.

22 de outubro de 2010

Vocabulário do Mussum


Mussum foi considerado por muitos o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou o seu modo particular de falar, acrescentando as terminações "is" ou "évis" a palavras arbitrárias (como "forévis", "cacildis", "coraçãozis") e pelo seu inseparável "mé" (ou "mel", que era sua gíria para cachaça).

Vejam seu vocabulário:

"Negão é o teu passadis"

"Quero morrer pretis se eu estiver mentindo"

"Criôlo é a tua véia!"

"Ui, ui, uuui!"

"Eu vou me pirulitar!"

"Glacinha!" (gracinha)

"Casa, comida, três milhão por mês, fora o bafo!"

"Cacildis!"

"Trais mais uma ampola!" (pedindo cerveja)

"Suco de cevadis."

"Ô do jabá!"

"Faz uma Pindureta." (querendo fiado)

"Vai caçá sua turmis!"


Fonte: Sala Latina de Cinema

 

18 de outubro de 2010

Dicas de Português (25)


Olá, escrevi a última parte de dissertação e postei no blogue da empresa. Cliquem aqui para conferir.

15 de outubro de 2010

Dia do Professor: homenagem da minha empresa


Olá!

Estou recheando de postagens sobre o Dia do Professor nos meus blogues, porque esta data não podia ficar para trás, não é?

Bom, aqui na minha empresa, somos três professoras de português aqui no Brooklin cuidam de todo o preparo do material didático a ser publicado. No centro de São Paulo, temos outros professores de ensino a distância do supletivo e dos demais cursos que oferecemos.

Na foto que introduz esta postagem, estão eu (à direita) e as outras colequinhas de trabalho aqui do Brooklin: as professoras Roseli e Claudia. Ambas são bacanas e excelentes profissionais.

O blogue da minha empresa resolveu nos homenagear, postando um pequeno depoimento da nossa profissão. Vejam o que falei:


Não digo por mim, mas por todos os profissionais da educação que amam as suas vocações, mesmo passando por inúmeras dificuldades que sabemos quais são.

A todos os meus ilustres colegas, um ótimo Dia do Professor!

Observação. Se quiserem conferir a postagem, cliquem aqui.

O professor



É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.

Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".

Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.

Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".

Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.

Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.

Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.

Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.

A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.

Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.

Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.

Exige, é rude.
Elogia, é debochado.

O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".

É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.



Jô Soares

Ser professor(a)


Falar da docência é falar das várias profissões que transpõem e se sobrepõem a esta.

Enquanto professores...

Somos mágicos,
ao fazermos malabares com diversas situações que atingem nossa imagem e a
vida pessoal.

Somos atores, somos atrizes,
que interpretam a vida como ela é, sentimos e transmitimos emoções ao
conviver com tantas performances.

Somos médicos,
ao receber crianças adoentadas pela miséria, pela falta de tempo da família,
pela carência de tempo de viver a própria infância.

Somos psicólogos,
ao ouvir as lamentações advindas de uma realidade dura,
que quase sempre nos impede de agir diante do pouco a se fazer.

Somos faxineiros,
ao tentarmos lavar a alma dos pequenos,
das mazelas que machucam estes seres tão frágeis e tão heróicos ao mesmo tempo.

Somos arquitetos,
ao tentarmos construir conhecimentos, que nem sabemos se precisos, que nem
sabemos se adequados.

É só parar para pensar que talvez seja possível encontrar em cada
profissão existente um traço de nós professores. Contudo, ser professor,
ser professora é ser único, pois a docência está em tudo, passa por todos,
é a profissão mais difícil, mas a mais necessária.

Ser professor é ser essência,
não sabemos as respostas.
Estamos sempre tentando,
Às vezes acertamos, outras erramos, sempre mediamos.

Ser professor é ser emoção
Cada dia um desafio
Cada aluno uma lição
Cada plano um crescimento.

Ser professor é perseverar, pois, diante a tantas lamúrias
“não sei o que aqui faço, por que aqui fico?”
fica a certeza de que...
Educar parece latente, é obstinação.

Ser professor é peculiar,
Pulsa firme em nossas veias,
Professor ama e odeia seu ofício de ensinar
Ofício que arde e queima

Parece mágica, ou mesmo feitiço.
Na verdade, não larga essa luta que é de muitos.
O segredo está em seus alunos, na sua sala de aula, na alegria de ensinar
a realização que vem da alma e não se pode explicar.

Não basta ser bom... tem que gostar.


Soraia Aparecida de Oliveira,
professora do Ensino Fundamental,
Escola Municipal Nilza de Lima Sales, Brumadinho, MG.

13 de outubro de 2010

Vocabulário de Didi Mocó


"Ô psit!". É uma modificação da interjeição "psiu". Em raras ocasiões, Didi também usava “Psita”, para mulheres ou supostos homossexuais.

"Som na caixa!". Quando algum cantor participa de seu programa.

"Pó pará!". Pode parar!

"Nem morta, filha!". Recusando-se a realizar alguma ação.

"Dá licença, caiu algo aqui no chão...". Sempre quando queria conversar com alguém em particular, no meio de outras pessoas, Didi atirava,intencionalmente, um objeto no chão, dizia a frase e puxava a pessoa para falar.

"Tudo em riba". Tudo em cima.

"Ô da poltrona!”. Dirigindo-se ao telespectador.

"Quieto, quem chumbar levará mexe!”. Quieto, quem mexer levará chumbo! (ao ameaçar alguém com uma arma de fogo)

"Âh, âh, ah!”. Gritando assustado.

"Circulando, circulando!”. Ao fugir de alguma má situação.

"É fria!”. Idem ao acontecimento anterior.

"Bicho bão!”. Se referindo à mulheres bonitas.

"Tesouro!”. Idem ao acontecimento anterior.

"Cuma?”. Como?

"Reco-Reco, Bolão e Azeitona!”. Frequentemente, Didi usava estes nomes para apelidar um grupo de três pessoas, inclusive seus três amigos.

"Arô? Sô ieu". Alô? Sou eu!”. Ao atender o telefone, Didi sempre passa o telefone pelo rosto, pensando que a outra pessoa o verá.

"Assôôô!”. Achou!". Quando alguém que o estava procurando o encontrava).

"É comiga?”. É comigo?

"Tô com as catraca meio cafusa!". Estou com as cataratas meio confusas!

"Eu sô muito maaacho!”

"É caflito?". É conflito (ao se desentender com alguém).

"É guerra?”. Idem ao acontecimento anterior.

"É um, é dois, é dois e meio, é dois e quarenta e cinco, é três!”. Sua contagem até três.

"Fui ofendido mas tô no lucro!”

"Ouço vozes..."

"Aí vareia. Aí varia”

"Arranca a tornêrinha dele!”. Bastante dita nos anos de 1980, quando Didi queria castigar alguma criança que o ofendia.

"Eu dô minhas cacetada!”. Quando era questionado se sabia realizar algo, Didi queria dizer com esta frase que, apesar de não ser muito bom, sabia fazer tal ação.

"Audácia da pilombeta!”

"Hmmmm, tô com medo da menina!”. Debochando de alguém que o ameaça.

"Folgo em vê-lo, indivíduo competente.”

"Eu não quero nem saberrrrr!”

"Vô fingir que nem ouvi!”

"Aguarde, e confie!”

"Isso, pisa, pisa em cima daquele que te dá carinho!”

"Biiiito!”. Bonito.

"Bater palmas três vezes e gritar: 'Peruas!'"

"Os pirataaa!”

"Sabe tudo!”

"Ô boy!”

"É assim com os ômi!”

“Severina!"

"Tá na mão do artista!”

"Isso muito me interessa!”

"Acredito muito na ciência!”

"Assim como são as pessoas, são as criaturas!”

"Esse aí camufla!”. Frase usada por Didi para se referir a supostos homossexuais.

"Esse aí escamoteia!”. Idem ao caso anterior.

"Popozuda!”. Quando se referia a mulheres de corpo curvilíneo.

"Estorou aqui, vai feder lá fora!”

"Aí tem truta!”. Desconfiando de alguém ou de alguma situação.

Fonte: Sala Latina de Cinema

Dicionário Digital Caldas Aulete


Olá, este é o link do Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa na versão digital, como perceberam. É considerado um dos melhores dicionários da Língua Portuguesa, sendo um dos mais requisitados para nós, revisores de texto.

Francisco Júlio de Caldas Aulete foi um professor e lexicógrafo português na segunda metade do século XIX. Na década de 1870, começou a organizar este dicionário, mas veio a falecer em 1879 com somente os verbetes da letra A concluídos.

Coube a Antônio Lopes dos Santos Valente, poeta e filólogo português, a tarefa de terminar este dicionário, juntamente com outros lexicógrafos, respeitando-se a ideia original de Caldas Aulete.

A primeira edição deste dicionário foi em 1881, tendo Caldas Aulete como nome oficial deste trabalho, por ser dele toda a organização.

Já se passaram muitas edições e hoje, além da versão em miniatura e de bolso, temos a versão digital que coloquei neste blogue para consulta. Quem quiser, é só pegar o link e incluir nos seus favoritos. Boa consulta.

12 de outubro de 2010

Dicas de português (24)



Olá para todos. Escrevi mais uma matéria sobre o uso correto dos pronomes relativos, pois acredito que muitos têm dificuldade em utilizá-los corretamente. Cliquem aqui para lerem a matéria que postei no blogue da minha empresa.

8 de outubro de 2010

Dissertação - parte 2

Plano de dissertação

Em todo texto, é preciso organizar as palavras, as ideias, tudo isso dentro de parágrafos. Para isso, faz-se necessário cumprir dois passos de suma importância para que você tenha êxito em seu texto dissertativo.

1. Primeiro passo – Levantar as ideias

Esta primeira fase é fundamental para a execução do trabalho. Muitas ideias talvez nem sejam utilizadas depois; outras talvez surjam mais adiante.

Imagine que você recebeu, como proposta de redação, o seguinte tema: “Poluição dos rios”. Veja como é feito um possível levantamento de ideias sobre este tema:

Levantamento de ideias sobre o tema “Poluição dos rios”

- Morte de vários peixes;
- Desequilíbrio na flora e na fauna aquática;
- Indústrias despejam poluentes nas águas;
- Na Inglaterra, foi recuperado um rio totalmente poluído, o Tâmisa;
- Nenhum controle por parte das autoridades responsáveis;
- Poluição da água que bebemos;
- Detergentes biodegradáveis.

Estas são apenas algumas ideias que podemos ter sobre o tema, e também temos a possibilidade de encontrar mais algumas, como já foi dito.

2. Segundo passo – Organizar as ideias

Feito o primeiro passo, agora é só organizar as ideias em parágrafos. Vimos, na primeira postagem, que a dissertação é dividida em Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. É aconselhável que se faça, primeiro, os parágrafos de Desenvolvimento, para que sejam organizadas todas as ideias encontradas; e, depois, a Introdução e a Conclusão.

No caso do tema proposto (“Poluição dos rios”), podemos fazer uma dissertação com o esboço de dissertação sobre Causa e Consequência. Assim, organizamos as ideias da seguinte maneira:

Título

Primeiro parágrafo - Introdução - Apresentação do tema

Segundo parágrafo - Desenvolvimento 1 - Apresentação da Causa do problema

Terceiro parágrafo - Desenvolvimento 2 - Apresentação das Consequências do problema

Quarto parágrafo - Desenvolvimento 3 - Apresentação da Solução do problema

Quinto parágrafo - Conclusão - Expressão inicial (“Contudo”; “Portanto”; “De fato”)
+ reafirmação do tema + observação final

Através deste esboço, vamos organizar as ideias apresentadas sobre o tema “Poluição dos rios”:

- Morte de vários peixes - Consequência
- Desequilíbrio na flora e na fauna aquática - Consequência
- Indústrias despejam poluentes nas águas - Causa
- Na Inglaterra, foi recuperado um rio totalmente poluído, o Tâmisa - Solução
- Nenhum controle por parte das autoridades responsáveis - Causa
- Poluição da água que bebemos - Consequência
- Detergentes biodegradáveis - Solução

Feita esta divisão, agora é só organizar tudo em um rascunho para, depois, passar a limpo novamente, com todos os parágrafos organizados por você.

De acordo com um determinado tema, e com o levantamento de ideias posteriormente, também podemos organizar uma dissertação com outras estruturas:

Esquema Argumentativo. É o mais usado na maioria das dissertações.

Título

Primeiro parágrafo - Introdução - Apresentação do Tema
 (argumento 1 + argumento 2 + argumento 3)

Segundo parágrafo - Desenvolvimento 1 - Desenvolvimento do argumento 1

Terceiro parágrafo - Desenvolvimento 2 - Desenvolvimento do argumento 2

Quarto parágrafo - Desenvolvimento 3 - Desenvolvimento do argumento 3

Quinto parágrafo - Conclusão - Expressão inicial + reafirmação do tema + observação final

Esquema Argumentativo – favoráveis e contrários. Este esquema é mais utilizado quando o tema divide opiniões de tal modo que dificilmente podemos chegar a um posicionamento capaz de satisfazer a grande maioria das pessoas.


Título

Primeiro parágrafo - Introdução - Apresentação do tema
 (argumentos favoráveis + argumentos contrários)

Segundo parágrafo - Desenvolvimento 1 - Análise dos argumentos favoráveis

Terceiro parágrafo - Desenvolvimento 2 - Análise dos argumentos contrários

Quarto parágrafo - Conclusão - Expressão inicial + posicionamento pessoal em relação ao tema
+ observação final

Liu Xiaobo, dissidente chinês, conquista Nobel da Paz 2010


Ganhador do prêmio está preso - foi condenado por criticar governo de Pequim

Encarcerado e silenciado por um governo que não aceita vozes dissidentes, o chinês Liu Xiaobo é o ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2010. De acordo com o anúncio feito nesta sexta-feira pelo Comitê do Nobel, Liu, de 54 anos, foi o escolhido por causa de sua "longa luta não violenta pelos direitos humanos na China". O governo chinês já reagiu ao anúncio, declarando que a escolha de Liu "viola" a integridade do Nobel da Paz. O dissidente foi detido pela primeira vez após os célebres protestos do movimento estudantil na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em junho de 1989, violentamente reprimidos pelo governo. Entre 1996 e 1999, foi enviado a um campo de "reeducação pelo trabalho" por defender a reforma política e a libertação dos estudantes que participaram dos protestos de 1989 que permaneciam presos.

Casado e pai de dois filhos, Liu foi preso novamente em 2008 por ter sido um dos 10.000 signatários de uma petição formulada para exigir reformas políticas no regime comunista chinês. Em dezembro de 2009, o dissidente foi condenado a 11 anos de prisão por "subversão", em um julgamento que gerou uma onda de protestos por todo o mundo. "Estou tão feliz, estou tão feliz, não sei o que falar", disse por telefone Liu Xia, mulher do dissidente, que ficou sabendo da premiação através de amigos. "Quero agradecer a todos por apoiar Liu Xiaobo. Quero agradecer ao Comitê Nobel, a Vaclav Havel, ao Dalai Lama e a todos aqueles que defendem Liu Xiaobo", afirmou, referindo-se ao ex-presidente checo e ao líder tibetano, que apoiaram a candidatura do dissidente ao Nobel.

Responsabilidades - "Peço firmemente que o governo chinês o liberte", insistiu Xia, informando que a polícia disse que a levaria no sábado para a província de Liaoning, onde seu marido está preso, para contar a ele sobre o prêmio. Ao anunciar o prêmio, o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, afirmou que a China, segunda maior economia mundial, deveria assumir "mais responsabilidades" devido a seu cada vez mais importante papel no cenário internacional. "Faz muito tempo que o Comitê Nobel da Noruega considera haver um estreito vínculo entre os direitos humanos e a paz", acrescentou. Pouco após a divulgação do prêmio, o ministro francês das Relações Exteriores Bernard Kouchner publicou um comunicado pedindo a libertação de Liu Xiaobo.

A Anistia Internacional (AI), por sua vez, fez um apelo ao governo chinês para que liberte todos os presos políticos. Para Catherine Barber, subdiretora da AI para o Pacífico Asiático, Liu Xiaobo é um "vencedor digno" do Prêmio Nobel. No entanto, a homenagem "só poderá fazer diferença se provocar mais pressão internacional sobre a China para libertar Liu, junto com outros vários presos de consciência que apodrecem nas prisões chinesas por exercer seu direito à liberdade de expressão", disse. Em uma de suas últimas entrevistas, Liu disse ter esperança de assistir à progressiva democratização da China. "Vamos avançar muito lentamente, mas não será fácil conter as demandas de liberdade, tanto das pessoas comuns quanto de membros do Partido Comunista." O prêmio é tradicionalmente entregue em Oslo no dia 10 de dezembro.

Causas urgentes - Com certa frequência, a comissão que escolhe os vencedores do Nobel da Paz decide entregar o prêmio a um personagem pouco conhecido pelas pessoas, mas que simboliza a necessidade de lançar os holofotes sobre um tema importante para a comunidade internacional. Desta forma, acaba apresentando o homenageado ao mundo - e, na esteira disso, colocando em discussão assuntos de grande relevância. Foi assim, por exemplo, em 2003, com Shirin Ebadi, a iraniana que representa a necessidade de plantar a semente dos direitos humanos e dos valores democráticos no Oriente Médio. Foi assim também no ano seguinte, com Wangari Maathai, queniana que simbolizava a causa ambiental e o papel das lideranças femininas no continente africano. A premiação de Liu neste ano se encaixa nessa mesma categoria.

Segunda maior economia do planeta - acaba de superar o Japão e está a caminho de desafiar a liderança dos Estados Unidos -, a China tem ampliado sua influência no resto do mundo. O problema é que, enquanto a economia cresce e se dinamiza, o regime político chinês segue esmagando seus opositores. O desafio de dialogar com os chineses em temas como valores democráticos, liberdade de imprensa e respeito aos direitos humanos é considerado um dos temas-chave para a comunidade internacional nos próximos anos. Assim, a escolha de Liu sinaliza o desejo dos países ocidentais de trazer a China à berlinda e medir suas reações diante da forte pressão para que as vozes contrárias não sejam sufocadas. Poucos acreditam, contudo, que Pequim sequer cogite qualquer mudança - e não será um Nobel que deverá alterar o quadro.

Pouco depois do anúncio da entrega do Prêmio Nobel da Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo, preso por lutar pela democracia em seu país, o governo da China reagiu com fúria à decisão. Para o porta-voz da do Ministério de Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, a escolha de Liu representa "uma obscenidade" e contraria os objetivos da premiação. Em um comunicado divulgado pelo Ministério, Ma ainda diz que a escolha vai prejudicar as relações entre a Noruega e a China.

No texto, a chancelaria chinesa palpitou sobre as escolhas do comitê do Nobel, afirmando que o prêmio deveria ser dado a pessoas que promovam as relações internacionais amistosas e o desarmamento. "Liu Xiaobo é um criminoso que foi sentenciado pelos departamentos judiciais da China por violar a lei", diz o texto. O Ministério diz que laurear Liu "vai na contramão dos princípios do Nobel e também constitui uma blasfêmia ao legado do prêmio".

Anteriormente, o vice-chanceler chinês, Fu Ying, já havia alertado o chefe do instituto norueguês de que, se Liu fosse laureado, as relações entre Oslo e Pequim seriam estremecidas, justamente em um momento no qual é negociado um acordo comercial entre os países.

No mês passado, uma representante do Ministério de Exteriores chinês também já tinha se antecipado à possível premiação, dizendo que as ações de Liu são "diametralmente opostas às procuradas pelo Nobel". Pequim também fez duras críticas ao Nobel quando o Dalai Lama, líder espiritual tibetano, recebeu o prêmio, em 1989.

Fonte: Veja Online

De onde vêm as palavras (20): Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido


Estas frases compõem o primeiro parágrafo de várias Constituições brasileiras e estão presentes tam´bem na que está em vigor, promulgada a 5 de outubro de 1988, que substituiu a de 1967, maculada por atos institucionais.

A primeira foi outorgada em 1924 por D. Pedro I. A seguinte, de 1981, já foi republicana e pautou-se na dos Estados Unidos, em que o presidente é figura com mais poderes do que um imperador.

Seguiu-se a de 1934, substituída pela de 1937, outorgada por Getúlio Vargas. A de 1988, como a de 1946, foi fruto de uma Constituinte. As frases lembram que os poderosos estão em seus cargos a serviço do povo.

Fonte: De onde vêm as palavras II

5 de outubro de 2010

Dicas de Português (23)

Olá para todos.

Como podem perceber, não tenho postado com muita frequência neste espaço, mas, não é por má vontada, é por falta de tempo mesmo, devido ao trabalho aqui na empresa. 

Mesmo assim, tenho postado Dicas de Português no blogue daqui, e aqui está mais uma que escrevi. O legal é que as pessoas realmente estão lendo e agradecendo pelas Dicas. Isso é muito gratificante, pois percebi que, com isso, ajudo a muitas pessoas.

1 de outubro de 2010

Não tenham aula com esta professora