31 de maio de 2011

Frase gramaticalmente correta... para a língua inglesa


"Buffalo buffalo Buffalo buffalo buffalo buffalo Buffalo buffalo" é uma frase, em língua inglesa, gramaticalmente correta e que é dada como exemplo de como palavras homónimas e homófonas podem ser utilizadas para criar construções complicadas. Traduz-se: "Búfalos de Buffalo que são intimidados por búfalos de Buffalo intimidam búfalos de Buffalo".

Fonte: Wikipédia.

30 de maio de 2011

Palavras homônimas


Quero começar esta postagem pedindo para que o leitor assinale qual palavra é a correta nas orações abaixo:

taxa/tacha do brasileiro não tem data para diminuir.
Não quero tachar/taxar nenhum funcionário desta empresa.

Nenhuma dessas palavras está escrita de forma errada e, por isso, pode haver confusão na hora da redação. Somente um bom dicionário é capaz de nos ajudar a identificar qual é a palavra certa, de acordo com o seu significado.

As palavras que possuem a mesma pronúncia e, algumas vezes, a mesma grafia damos o nome de homônimos, que significa “mesmo nome”.

Os homônimos se subdividem em:

Homófonos. São os que têm a mesma pronúncia, mas grafias diferentes. É o caso dos exemplos acima: taxa/tacha; tachar/taxar etc.
Homógrafos. Têm a mesma grafia, mas pronúncias diferentes: célebre (adjetivo)/celebre (forma do verbo “celebrar”); colher (substantivo)/ colher (verbo) etc.
Homógrafas e homófonas. São considerados homônimos perfeitos por possuírem as mesmas grafia e pronúncia: cedo (advérbio)/cedo (forma do verbo “ceder”); cabo (corda, extremidade)/cabo (patente militar) etc.

Agora que conhecemos sobre as palavras homônimas, abaixo está uma lista com algumas dessas palavras com seus significados para que ninguém se perca na hora em que for escrever algum texto.

Acender. Pôr fogo.
Ascender. Subir, elevar.

Acento. Sinal gráfico.
Assento. Local onde se senta.

Acerto. Ato de acertar.
Asserto. Afirmação.

Apreçar. Ajustar o preço.
Apressar. Tornar rápido.

Brocha. Prego curto de cabeça achatada.
Broxa. Pincel grande de cerdas grossas.

Bucho. Estômago.
Buxo. Arbusto.

Caçar. Perseguir animais.
Cassar. Tornar sem efeito.

Cegar. Deixar cego.
Segar. Ceifar, cortar.

Cela. Pequeno quarto.
Sela. Arreio; forma do verbo “selar”.

Censo. Recenseamento.
Senso. Entendimento, juízo.

Céptico. Descrente.
Séptico. Que causa infecção; contém germes.

Cerração. Nevoeiro.
Serração. Ato de serrar.

Cerrar. Fechar.
Serrar. Cortar.

Chá. Bebida.
. Antigo soberano do Irã.

Cheque. Ordem de pagamento.
Xeque. Lance no jogo de xadrez; soberano árabe.

Círio. Vela; procissão.
Sírio. Natural da Síria.

Cito. Forma do verbo “citar”.
Sito. Situado.

Concertar. Ajustar, combinar.
Consertar. Corrigir, reparar.

Concerto. Sessão musical.
Conserto. Reparo.

Coser. Costurar.
Cozer. Cozinhar.

Empoçar. Formar poça.
Empossar. Dar posse a alguém.

Esotérico. Secreto.
Exotérico. Transmitido em público.

Espectador. Aquele que assiste.
Expectador. Aquele que tem expectativa, esperança.

Espiar. Atento, vigilante.
Expiar. Pagar pena.

Esterno. Osso do peito.
Externo. Exterior.

Estrato. Camada; tipo de nuvem.
Extrato. O que extrai de algum lugar.

Incerto. Impreciso.
Inserto. Inserido, introduzido.

Ruço. Grisalho; difícil, complicado.
Russo. Natural da Rússia.

Tacha. Prego pequeno.
Taxa. Imposto, tributo.

Tachar. Atribuir defeito a alguém.
Taxar. Fixar taxa, tributar.

Há muitos homônimos na nossa língua e, caso desconfie de ortografia de uma palavra, é bom sempre pesquisá-la em algum dicionário de língua portuguesa.

8 de maio de 2011

Feliz Dia das Mães

Quase não posto vídeos neste espaço. Por isso, resolvi homenagear as mães (principalmente a minha, lógico) com a linguagem da propaganda.

Feliz Dia das Mães.




4 de maio de 2011

Uso correto dos pronomes demonstrativos


Os pronomes demonstrativos estão muito presentes e vivos em vários textos publicados, nas redações escolares, nos vestibulares etc. Mas será que estamos usando corretamente estes pronomes?

Na escola, aprendemos que os demonstrativos são os pronomes que indicam a posição dos seres em relação às três pessoas do discurso, que são:

Este, esta, isto – primeira pessoa, indicação do que está perto do falante e longe do ouvinte.
Esse, essa, isso – segunda pessoa, indicação do que está perto do ouvinte, mas longe do falante.
Aquele, aquela, aquilo – terceira pessoa, indicação do que está longe tanto do falante quanto do ouvinte.

Depois deste lembrete, vamos explicar agora o uso correto destes pronomes em orações bem usuais que podemos nos deparar em muitos textos do dia a dia:

• Em relação ao tempo

1. Usamos o demonstrativo “este” e flexões quando quer se referir ao tempo presente, ou bastante próximo, do momento em que se fala:

Este dia está bom para levar as crianças ao parque.

Pretendo ir ao cabeleireiro ainda nesta semana.

2. Usamos o demonstrativo “esse” e flexões para se referir ao um tempo passado relativamente próximo ao momento em que se fala:

Em fevereiro, fez muito calor. Nesse mês, fui muitas vezes à praia com a minha família.

Há dois anos, terminei a minha pós-graduação. Nesse ano, fui morar em Londres.

3. O demonstrativo “aquele” e flexões são usados para se referir a um tempo muito remoto ou bastante vago:

Em 1954, a Copa do Mundo de Futebol foi realizada na Alemanha Ocidental. Naquele ano, o país-sede sagrou-se campeão.

Na penúltima década do século passado, chegaram ao Brasil os primeiros telefones celulares. Naquela época, poucas pessoas poderiam adquirir um aparelho assim.

• Em relação a palavras

1. Quando queremos fazer menção a algo que ainda vai falar, ou acabou de ser mencionado, usa-se o demonstrativo “este” e flexões. Veja alguns exemplos:

Chegou tarde ao trabalho por causa do trânsito. Isto (“Chegou tarde”) poderia ser evitado se saísse mais cedo de casa.

Estas são algumas características do Romantismo: subjetivismo, apego à natureza e nacionalismo. (“Estas” se referem ao “subjetivismo, apego à natureza e nacionalismo”, ou seja, àquilo que ainda iria ser dito)

“Não quero mais nada”, disse o contador. Dizendo isto, foi embora e nunca mais voltou.

2. Quando fazemos menção a algo já dito antes, ou queremos repeti-lo acrescentando características ou explicações, usamos o demonstrativo “esse” e flexões. Observe alguns exemplos:

Subjetivismo, apego à natureza, nacionalismo; essas são algumas características do Romantismo. (“essas” se refere ao “subjetivismo, apego à natureza, nacionalismo”, ou seja, a termos já dito anteriormente)

O estudo do visagismo iniciou-se na década de 1930. Nesse estudo, dá-se ênfase aos traços do rosto.

3. Há casos em que podemos usar “este” em oposição a “aquele” quando se faz referência a elementos já mencionados: “este” para o termo mais próximo e “aquele”, para o mais distante:

Português e Literatura são disciplinas que me agradam muito: esta (Literatura) me desenvolve a sensibilidade e aquele (Português), o conhecimento de como se fala e escreve corretamente.

Observação
a) O pronome demonstrativo “aquele” e flexões podem ser substituídos por “o”, antecedendo o pronome relativo “que”: Somos o (aquilo) que somos. Esta é a casa que comprei, mas não é a (aquela) que queria.
b) Outros pronomes demonstrativos:
• Tal, equivalente a “este”, “esse” e flexões: Tal fato é digno de repreensão.
• Mesmo e próprio, que são demonstrativos de reforço: Ele mesmo resolveu o problema. Ela própria registrou a queixa.

Curiosidades sobre a nossa ortografia - parte 2


Muçarela / Mussarela. Na maioria das padarias e estabelecimentos onde se vendem frios como mortadela, salame etc., vimos estampados em cartazes a palavra “mussarela” (com “ss”). O problema é que esta palavra nem está registrada na nossa ortografia oficial. O correto é, e sempre foi “muçarela” (com “ç”). Também existe a forma não tão usual “mozarela”.

Muçulmano / Mulçumano. Os seguidores do Islamismo são conhecidos como “muçulmanos”. As pessoas, muitas vezes, confundem com “mulçumanos”.

O omelete / A omelete. Podemos escrever tanto “o omelete” quanto “a omelete”, pois esta palavra é um substantivo comum de dois gêneros, aceitando a forma masculina e feminina.

Paraqueda / Pára-queda. Na ortografia antiga, escrevia-se “pára-quedas”. Agora, com a Nova Ortografia em vigor, caiu o acento de “pára” (escreve-se agora “para”) e o hífen deste substantivo masculino composto. Portanto, a palavra mudou para “paraquedas”, mas também podemos escrever “pára-quedas” até o final de 2012.

A piloto / A pilota. Existe, sim, um substantivo feminino para a palavra “piloto”, que, é lógico, “pilota”. O mesmo acontece em: o sargento / a sargenta; o soldado / a soldada; o presidente / a presidenta etc.

Números recordes / Números recorde. A palavra “recorde” é um adjetivo comum de dois gêneros e de dois números, ou seja, esta palavra deve ser escrita tanto no masculino como no feminino, tanto no singular como no plural. Portanto, o correto seria “Números recorde”. Esta palavra também pode ser um substantivo masculino: o recorde do atleta olímpico.

Risole / Rissole. O famoso pastelzinho recheado com carne, frango, legumes etc. que, depois de cozido, acrescenta-se um molho de nossa preferência, é conhecido como “rissole” (originário do francês “rissole”). Em nossa ortografia, não existe a palavra “risole”.

Ruça / Russa. Quando a coisa “tá feia” dizemos que está “ruça”; já uma mulher nascida na Rússia é uma “russa”.

Santo-daime / santo daime. A seita em que as pessoas ingerem uma bebida alucinógena se chama “santo-daime” (com hífen e letra minúscula).

Tomara-que-caia / Tomara que caia. O famoso modelo de vestido, preferido pela maioria das noivas, é escrito sem hífen mesmo: “tomara que caia”.

A tsunami / O tsunami. Os substantivos da língua japonesa são neutros e, quando são transcritos para a língua portuguesa, são registrados como substantivo masculino. Portanto, uma das catástrofes que atingiu o Japão foi “um tsunami”. Assim também se escrevem: o caraoquê, o caratê, o quimono, o sashimi, o shoyo etc.

Twittar / Tuitar. O miniblogue Twitter é febre aqui no Brasil. Até eu tenho uma conta. Quando acontece algo legal comigo, ou quando publico algo em meus blogues, vou lá na minha conta e “tuito” 140 caracteres. “Twittar”, nem existe na ortografia de língua estrangeira registrada no VOLP. Perceberam que podemos também escrever “blogue” ao invés de “blog”.

Raios ultravioleta / Raios ultravioletas. Agora confundiu. Nos dicionários, encontramos a palavra “ultravioleta” como adjetivo comum de dois gêneros e comum de dois números, ou seja, de acordo com estes manuais, só podemos escrever “raios ultravioleta”. Mas quem dá a palavra final é o VOLP, que registra “ultravioleta” como adjetivo e substantivo masculino, ou seja, escrevemos no singular (raio ultravioleta) e no plural (raios ultravioletas).